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27 de out. de 2016

Os Dois Filhos

" Mas, que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha.
Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi.
E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi.
Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus.
Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer."
                                                                                                  Mateus 21:28-32

          Neste trecho das Sagradas Escrituras, Jesus explica como agradar ao pai através da obediência.
          Muitas vezes, não é o que falamos que faz a diferença em nossa vida e, sim, o que fazemos. Assim como o homem da parábola precisava de alguém para trabalhar em sua vinha, Deus precisa de trabalhadores em sua obra buscando aqueles que estão perdidos sem salvação.
          Os filhos são uma representação dos tipos de "filhos de Deus", "crentes em Jesus", "obreiros"...
          A diferença entre o religioso e o pecador se evidencia em sua resposta ao chamado do Pai: o pecador logo diz: "não quero"; porém, de certa forma, ele percebeu a tristeza do Pai e isso lhe pesou o coração fazendo com que se arrependesse e voltasse atrás a fim de obedecer.
          O religioso prontamente respondeu: "sim, Senhor! Eis-me aqui!"; porém não foi, nem ao menos se deu conta de quanto o Pai ficou decepcionado com sua atitude, nem ao menos percebeu que seu irmão que antes havia negado ao chamado do Pai, se arrependeu e obedeceu.
         A Bíblia nos orienta a que não sejamos precipitados ao fazer voto ao Senhor, nos comprometermos com algo que não podemos ou queremos fazer, porque é melhor não se comprometer do que se comprometer e não cumprir...
        Algumas vezes achamos que, por sermos cristãos, conhecemos bem a Deus e nos apoiamos em Sua Misericórdia esquecendo-nos de Sua Justiça. O religioso quase sempre acha que seu pecado é justificável e deve ser tolerado por Deus porque, afinal de contas, se tem gente que peca mais que ele e é "abençoado", qual a razão de ser diferente com ele?
        O pecador, pelo contrário, quando reconhece sua miséria, logo se arrepende e busca agradar a Deus, deixando a velha vida rebelde, desobediente, egoísta e se rendendo a uma nova vida transformada pelo Espírito Santo, humilde, obediente, servil...
          Quando nós, cristãos, reconhecemos nossa condição diante de Deus, percebemos que somos tão dependentes da Sua Graça quanto qualquer perdido por aí, precisamos continuamente nos avaliarmos e arrependermos. Todos os dias decidimos, em alguma ocasião, agradar a nós mesmos em vez de agradar ao Pai. Só um arrependimento genuíno gera mudança.
          Jesus deixou bem claro que pecadores contumazes (que ao nossos olhos nem merecem salvação)  teriam mais chances de entrar no céu que um exímio frequentador de igreja que acha que não precisa se arrepender de suas obras más, porque um pecador sabe que é pecador e o religioso acha que não é.
          O apóstolo João nos mostra em sua primeira epístola que todos somos pecadores, ainda que não reconheçamos isso: "Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós." 1 João 1:8-10
          Que o Espírito Santo nos ajude a dizer sim ao Senhor sempre que ele nos chamar, seja para o trabalho ou para o arrependimento. que tenhamos o coração humilde pra reconhecer nossas fraquezas e aceitar de bom grado as orientações descritas na Palavra do Senhor para que sejamos vitoriosos e agrademos o coração do Pai.